4 de abril de 2008


Wassily Kandinsky, 1911, Sketches 1 e 2 de Impression III (Konzert)

4 comentários:

Anónimo disse...

Percebeste perfeitamente o sentido, e o teu verso, é o golpe de asa que traduz a minha prosa.

Infelizmente parece que esta sintonia entre os meus comentários e os teus poemas, têm uma leitura redutora de romance!! no blog.

Não sei se vou desapontar alguém, mas o único romance é entre dois amigos partilharem a escrita e o gozo pelas palavras. O resto é o início de uma bela amizade, que me esforço por merecer. T

Anónimo disse...

Em cada loba
Uma quietude de sombras
Mas vestida de lâminas

Vejo na pele
O olhar das cerejas
Soltas
Ou uma boca
De aço em chamas

E esmagas docemente
Como a serpente
A mão decente
Pedindo o vermelho
Da fruta

...Como dizes os dois génios retrataram bem, isto que nos acontece, uma cor interpôr-se como embaixadora de uma emoção. Ou da música, ou só da desilusão. Mas essa não é vermelha, é lilás. T

E. disse...

Tens razão, o lilás (ou violeta) tem algo de mórbido e triste - é pelo menos isso que diz Kandinsky na sua Teoria das Cores (v. post de 7 de Abril). Não sei contudo se concordo. As cores valem o que valem para cada um de nós, acho. Como os sons, as notas musicais e os compassos de ritmo.

Anónimo disse...

T,
acredita que sei sentir (e muito). Quanto a interpretar ou explicar, tenho muita pena, mas a minha natureza não me deixa divagar por aí além. Acho que já disse que não tenho muito jeito para palavras. O que gosto mesmo é de números, logo, prática, objectiva e directa.

Mas continuem... adoro ler-vos :)