20 de maio de 2014

Revisitando RM Rilke

Outra vez o bosque
A chuva 
Precipitando-se nos nosso ombros
Por entre os rasgos de dia
os ramos vergados das árvores
as nuvens fendidas
Pedaços de luz entornados
do rosto do Sol
Reflexos dourados antes da calma
Outra vez a chuva
A bater nas janelas
 antes de se retirar 
À chegada do estio
Ate ao amarelecer das folhas
do bosque e o alongar das sombras
Outra vez
ainda
o ruído do resfolegar das folhas agitadas pelo vento
a abafar
o murmurio do coração.

5 de maio de 2014

Um adeus insincero segundo VGM

por isso afinal não quero 
ir contigo ao lusco-fusco, 
meu amor, nem é sincero 
fingir eu que assim te espero, 
sem saber bem o que busco