4 de abril de 2008

[ A ver se percebi bem a ideia: o comentário da Tê ao post anterior transformado em verso]

Arnold Schönberg, sketchbook
.
Agora, agora que a tempestade
e tudo o que com ela veio
passou
O Inverno e o fogo da lareira enfim distantes
os primeiros cantos dos rouxinois
dissimulados nas figueiras-passajotas
junto ao caminho
Dizia
agora,
posso enfim criar-te
como ninguém soube.
E Provavelmente nenhum deus
[saberá].

5 comentários:

Anónimo disse...

Percebeste isso tudo E?
(és mesmo bom)

Eu só percebi:
Vou amar a ideia que tenho de ti
e serei feliz assim

...

Pronto:
- Já me fizeste ficar aqui a pensar durante hora e meia!

Se eu fosse assim, não precisaria de me dar ao trabalho de tirar o outro tonto da cabeça.

Mas não sou!

Por isso o plano mantém-se: ele tem que ser esquecido.

E. disse...

Não sei se vais conseguir, essas coisas não funcionam assim, a não ser aos 15 anos. Ou se fores leve, levezinha, quase ligeira.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
E. disse...

(apagado)

Consegue-se sempre apagar alguém. Numas pessoas demora mais que noutras, tudo depende do grau do amor, acho. Por vezes um amor enorme apaga-se mais depressa, porque magoa mais. Conheço uma ou duas pessoas que quando metem na cabeça que querem deixar de amar alguèm, deixam mesmo. Curiosamente, são pessoas que não acreditam na situação contrária: que é possível aprender a amar alguém. Como vês, acho que não há nenhuma regra para "isto".

Anónimo disse...

É tramado, não é?

A cabeça diz uma coisa, mas o coração diz outra. E aquilo que o coração diz é tão bom que não dá vontade de o calar. E fala cada vez mais alto.