ensinou-me muito
sobre os recônditos segredos do teu corpo
e as contradições da tua alma.
O amor não é contudo o prazer
nem a perfeição de sentimentos
e a cegueira de uma separação
apenas existe depois do fim
e das sensações espúrias e imaturas
da solidão ou do tédio.
Esta manhã sopra um sudoeste fresco
que se esgueira por entre as frestas das janelas
do madeirame envelhecido
com assobios de liberdade
é por isso inútil o teu refúgio debaixo dos lençóis:
o que procuras,
la liberté,
comme tu bien le sais,
c' est moi.
Esbjorn Svensson - 1964-2008
compositor de jazz, mergulhador
Dodge Trio, The Dodo
3 comentários:
Como pode o mar engolir alguém assim?!
~CC~
como pode o mar não engolir alguém assim?
A última vez que soube de alguém que desapareceu debaixo do mar, era bem nais próximo e ainda recordo a fúria de impotência pelo mar maior do que eu.
Aceito hoje essa ambição das ondas pelos corpos e desejo que elas me esqueçam.
Quanto ao teu poema, quanta liberdade julgas que procura o outro nessa fuga? A maior, a da solidão. A da imensidão da ausência, à negação da procura, a não sofrer. O problema é que esse bálsamo é temporário. Voltará porque apenas se é livre nessa entrega, a ti, a outrém... T
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