Vou sussurar apenas: isto é um frágil sonho, como uma árvore em papel pintado; não, minto, uma árvore pintada em papel. Está vento lá fora. Soam as portadas. O meu corpo está incandescente. Uma mariposa bate as asas e tudo, mas tudo mesmo, desaparece repentinamente. Mudança de cenário. Já é manhã, o Sol aquece, a hera espreguiça-se ao longo da parede, as rosas esticam-se e empertigam-se com o despertar do calor. Semeei pevides de melão ontem ao luar. Não tem importância nenhuma. Onde ia eu? Sim, claro, colher uma rosa perfeita para te adornar o cabelo.
7 comentários:
Corpo incandescente é interessante E. Interessante porque a noite passada sonhei que ele chegava gelado, e abracei-o para o aquecer.
Mas enquanto abraçava, subitamente acordo porque julguei que já estava atrasada, pois tinha que estar a 40 km de casa às 8:30 da manhã.
Fui.
Apenas para lá chegar e perceber que afinal só tenho que lá estar amanhã :) que cabeça a minha!
Mas olha... valeu a pena. Foram 80 kms muito agradáveis. Ouvi muita música. Cantei - canto muito mal, mas gosto de cantar para mim. E a manhã estava com umas cores fantásticas. Gosto das cores e do brilho das manhãs.
Só tive pena de o ter deixado gelado. Mas tenho a certeza que ele volta uma noite destas.
Acordar a meio de um abraço? Bolas, que grande maçada. Espero que ele regresse em breve, Lucy.
Até a dormir me desorienta.
Por favor não sejas malvado E. Faz de carrasco e não de cupido.
Nem pensar Lucy, fico mal de asas. Sobretudo se Brancas. :-)
Então pára de "esperar que ele regresse em breve".
Mostra-me até onde vai a tua maldade. Convence-me que sou uma tonta por perder o meu tempo a pensar em alguém que ignora a minha existência e que não merece um único suspiro meu (olha que eu sou difícil de convencer). Humilha-me. Reduz-me à minha insignificância. Conta-me aquela histórinha de que um dia vai aparecer a pessoa certa. Sem dó nem piedade.
Se conseguires libertar-me, serei tua fã para sempre... Tio E :)
Não me parece que o E. tenha asas (Brancas ou negras) para te libertar ou mostrar a sua maldade, Lucy. Também não terei a leviandade, de no seu blog, discutir quais as que lhe assentarão melhor!
Acho, contudo, e sinto-me avalizada a dizê-lo, que terá as palavras certas para ti, para te convencer que vale a pena esperar por um abraço, nem que tenhas de esperar "cinquenta e três anos, sete meses e onze dias"; que vale a pena esperar por um abraço de um senhor mais que bonzinho, de um senhor que te tire os pés do chão e não te deixe cair. É verdade um dia vai aparecer e quando aparecer não o percas Lucy!
Desculpem a invasão da casa.
Ai... Que mázinha anónima!!
Dizes essas coisas e o meu lado bom não resiste :)
Invade sempre que quiseres.
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