19 de março de 2008

Praia de Quarteira, 19 de Março 2008
Foto com telefone

3 comentários:

Anónimo disse...

Era uma outra escrita pela noite
Adiada por ter que correr
Por entre os dias

Cimentada no bosque das horas
Tão fugidias
Tudo se perdeu como quem ganha
Outras sombras, rasgando cores
Impossíveis de colar aos meus cabelos

A pele era aguarela
Pulsando ao ser beijada com raiva e dor,
Faltava tanto tempo

Para tourear a noite pelo dia

Sempre sem prazo, sem folha
Sem hora, loba da primavera
Aceitando
A leveza anunciada
Na morte perfumada

Anónimo disse...

E eu que achei que o dia tinha sido colorido.

Sentia cada grão de areia
Cada gota de sal
Quisera que tivessem fim
Contudo não conseguia parar de andar

E. disse...

Não há morte
apenas um soneto
esclavinhado em delírio
de lábios mordidos
ravinas e abismos que não ouso percorrer.
Letras, palavras rodopiando vertiginosamente
em segredo,
listas rasgadas, referências apagadas de erros e falhas.
Não te choro, choro-me a mim.
Foram-se as trevas.
É Primavera