3 de maio de 2011

Ernesto Sábato, uma luz ao fundo do "Túnel"

Morreu no dia 30, em Buenos Aires, com 99 anos. Publicou várias obras, mas a mais importante, não pelo conteúdo literário, mas pelo que representou, foi o trabalho desenvolvido quando, em 1985, a convite de Raúl Alfonsin, presidiu à Comissão Nacional que publicou o relatório “Nunca Más” sobre a repressão dos governos militares na Argentina de 1976 a 1983 , que permitiu o julgamento de vários militares.

Sobre si próprio escreveu: "durante esse tempo [em que trabalhava no laboratório de Curie] de antagonismos, pela manhã sepultava-me entre eletrómetros e provetas e anoitecia nos bares, com os surrealistas delirantes. No Dome e no Deux Magots, alcoolizado com aqueles enviados do caos e da transgressão, passávamos horas a elaborar cadáveres refinados". [...] "Eu sou um anarquista! Um anarquista no sentido melhor da palavra. O povo crê que anarquista é aquele que põe bombas, mas anarquistas foram os grandes espíritos como, por exemplo, Leon Tolstoi".
(Entrevista no diário O Tempo, Bogotá, 22 de junho de 1997)

1 comentário:

CCF disse...

De luz são todas as palavras assim, de gente única.
~CC~