SUL
Pende para Sul um peito inundado de vento
11 de abril de 2023
26 de janeiro de 2023
A tale to tell
Of memories locked in a spell,
Of moments that slip through our grasp,
Like sand through an hourglass.
The past, a labyrinth of old,
Where echoes of youth still hold,
And the future, a mystery yet to unfold,
As we journey down the roads of gold.
Age creeps in, with each passing year,
Etching wrinkles, and bringing fear,
But time, it goes on, without a care,
As we age, and our hair turns grey and spare.
23 de janeiro de 2023
Mar de alma
O mar da minha alma é um labirinto de ondas que se entrelaçam e se desfazem, de crepúsculos que se desvanecem e renascem.
A embarcação da minha mente balança sobre águas inquietas
à procura de margem que nunca alcança.
A verdade e a ilusão confundem-se no jogo de luzes e sombras que o luar cria sobre o mar.
E eu, o navegador solitário, pergunto-me se o que vejo é real
ou uma ilusão do mar da minha alma
16 de janeiro de 2023
Sílabas cabais
Chuva minuciosa
Cai. caiu
Presente. passado
Flor viçosa
Cor de rosa
Encarnado debotado
Violeta fogosa
Cores ao acaso
13 de janeiro de 2023
Livros
Os meus livros são os meus olhos
o meu rosto no espelho
as minhas têmporas a latejar
são Eu
As palavras que não escrevi
suspensas no tempo
embrulhadas em folhas
Vozes caladas
Antes assim
Ecos
mudos para sempre
18 de dezembro de 2022
16 de dezembro de 2022
19 de dezembro de 2021
Revisitar Cesário e o Tejo
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer
12 de novembro de 2021
27 de agosto de 2021
Das coisas que se propagam
ao comprido
as palavras ululantes clamado por silêncio
um sorriso cúmplice
o desviar de um olhar
as cores de uma paisagem
a luz
as sombras do entardecer
a escuridão
a ausência
a saudade
o tempo
o sorriso
o cheiro matinal do café
o atardecer das sextas-feiras
12 de maio de 2021
9 de junho de 2020
Poemar o mar
trovas
perigosas
sobre o mar
O amar
ardente
Contava cantava
longamente ardentemente
Mar
ardente. Longo
perigoso
adentro
pleno. de fulgor
ardente
O amor
escrevia
ardente
negra. a tinta
escarlate. o amor
adentro
o fulgor
o amor
adentro
forte
fortemente
longo
longamente
o tempo
demoradamente
imensamente
a terra
o mar
adentro
eterno
Eternamente
A eternidade
28 de janeiro de 2020
Metaforismos
[
És como as estrelas
que formam as constelações
desenham sinais e dão nomes ao céu
palavras esboçadas no firmamento
dos seres vivos luminosos
acendidos pela imaginação
És metaforicamente
o firmamento das estrelas
E hiperbolicamente
toda a saudade do Universo
16 de janeiro de 2020
Só...
a Ti
só a Ti
só te quero a Ti
nas manhãs frias
nas madrugadas de silêncio
nos dias de chuva
nos crepúsculos ruidosos
a Ti
aos Teus lábios orvalhados
ao olhar do Teu rosto
que reflete a Tua alma
só te quero a Ti
as vezes de uma vida
10 de dezembro de 2019
Song of Myself (26)
13 de agosto de 2019
Van Gogh and Britain
London
I wander thro' each charter'd street
Near where the charter'd Thames does flow
And mark in every face I meet
Marks of weakness, marks of woe.
Humildemente, altero os versos de Blake
My thoughts wander
near by the Thames
where my heart flows
helplessly
searching in every face
for the warmth of your vows.
Londres
A minha alma
flutua junto ao Tamisa
onde em surdina
o meu coração bate
enquanto evoca o teu nome
procurando o reflexo do teu rosto
no de quem passa
ou nas águas adormecidas
junto à margem
Destinos
[os teus]
encontro-os
[nos meus]
Outros passos
Outros rastos
passados
não se ignoram
São destinos comuns
Não se curvam
Não se vêem
não se ignoram
Caminham
Assim
de encontro
a um destino
comum
ao encontro
de ti
1 de março de 2019
O teu nome
todas as noites intacto
o rosto o corpo
refletidos no azul da água
acima das ondas sem tempo
Em silêncio
ouço o rumor do vento
e reaprendo os dias
enquanto derramo as horas
pelas frestas iluminadas das janelas
As mãos em concha
amparam palavras
relâmpagos sem fim da alma
que se desfaz em gotas de água
e rega os lírios
O teu nome no mar profundo
Aqui... o escrevo
4 de fevereiro de 2019
But we need the books that affect us like a disaster, that grieve us deeply, like the death of someone we loved more than ourselves, like being banished into forests far from everyone, like a suicide. A book must be the axe for the frozen sea inside us. That is my belief.