5 de maio de 2008

One Day Poem Pavillion

Sijo: estrutura

Sijo: sequência
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Por vezes os algoritmos matemáticos da astronomia combinam-se na perfeição com a poesia das palavras. E esse casamente acontece em silêncio. A matemática, o Sol, as palavras, o silêncio, uma combinação perfeita. Aqui tudo se passa de forma lenta, muito lenta, para permitir a correcta expressão dos sentidos da palavras. Porque podem as palavras ter mais do que um sentido? Terão o sentido com que as entendemos? Podem alterar o seu sentido com a passagem do tempo? Há palavras absolutas? Quão absolutas são as palavras sob o efeito da passagem do tempo? A passagem do tempo. Foi essa a ideia que presidiu à criação de Jiyeon Song, que construiu o seu One Day Poem Pavillion, a que chamou experiential tipography em torno dessa ideia, arquitectando um tecto de superfície complexa e perfurada através do qual o Sol atinge o solo dentro do pavilhão imprimindo caracteres móveis que constituem palavras, ideias, poemas a degustar serena e silenciosamente, ao sabor do suave passar do tempo.

Nas palavras do autor: Our life is finite. There are many things we can only do in a certain moment of the life, such as loving, forgiving, giving, helping, etc. Through the poem in the pavilion, I am offering a moment for people to rethink their values about life. In the One Day Poem Pavilion, I delivered a Sijo. The Sijo is classical Korean poetry that usually explores rustic, metaphysical, and cosmological themes about nature and human life.

The reason why I choose a Sijo is because it has a lot of metaphor. Furthermore, most Sijos don’t have titles on them, since Sijo poets believe that a title prevents readers from creative interpretations and experiences.
This character of Sijo is best fit for the One Day Poem Pavilion which conveys each stanza through the Sun’s movement so that each visitor’s time-based experience allows multiple interpretations of meaning. The Sijo that I have chosen is written by Kim Ch'on-taek (1725-1766) and speaks about the finite nature of human life.This poem talks about our finite lives and includes profound questions that allow one to be engaged in the message: each individual can create an experience by thinking and meditating upon the meaning of the poem.

1 comentário:

Anónimo disse...

Diz-se um navio ancorado num porto sem abrigo. "Costa Pinheiro"

Também ele através das telas, agora aqui tão perto em Quelfes, transmite poesia e silêncios. A sonoridade das suas côres é também fluída como uma álgebra vagarosa, uma equação que nos faz reflectir e pensar como a experiência de Jiyeon Song. Afinal artifícios para nos darmos tempo a questionarmos o sentido das nossas escolhas. Dou muito valor às escolhas, a assumi-las, a reflecti-las devagar, como um Sijo pessoal.
Por vezes penso que metáfora que melhor me descreveria ? T