1 de novembro de 2010

Um profundo adeus

Esta noite sei-te triste
(a)batida
como a areia lavada na maré vasa
gotas salgadas escorregando para o mar
em sulcos profundos como rugas
eferidas abertas
até à próxima maré.
Apetece-me sentar por ora,
em silêncio
na orla
naquela fronteira em que a areia
hesita entre ser seca ou molhada
onde nada é certo
a não ser a nossa amizade
e a certeza que partilho com as estrelas
a tua imensa dor.

2 comentários:

Anónimo disse...

Essa inncerteza, de como viveremos a dor, como o vento nos levará ou a alma secará de um vazio, fica atenuada sabendo e sentindo que somos mais do que particulas. Somos também esta teia que unimos por fios finíssimos e secretos, sem muitas palavras, um aceno salpicnado as vidas. Mas o suficiente e essencial para a dor estar menos tua. obrigada amigo.T

Anónimo disse...

Há algum tempo... que não ouvia uma música tão tocante,quente, com uma profundida arrepiante!

Que bom tê-lo de volta E..*

Thks