Zbigniew Preisner é polaco. Como Krzystof Kieslowski. Este realizador de cinema, aquele compositor. Por sinal, ambos dos mais talentosos da actualidade. Ambos se associaram várias vezes até à morte prematura de Kieslowski, em 1996. Ambos assinaram obras-primas, em separado e em conjunto. "Les Marionettes", reproduzida no post anterior, é apenas uma das músicas da banda sonora de "La Double Vie de Véronique". Kieslowski realizou o filme, Preisner compôs a banda sonora.
Mas há mais, muito mais: "O Decálogo" e "Três Cores: Azul", por exemplo. Em todas as obras, mas sobretudo no "Azul", a banda sonora de Preisner é parte instrínseca da obra de Kieslowski, embala o espectador, ganha intemporalidade. Os sentimentos das personagens e a história acompanham toda a banda sonora; uns e outros são sempre muito intensos, quase em demasia, mas nunca se roça, sequer, o mau gosto ou a vulgaridade. Antes pelo contrário. Em Kieslowski isso é muito raro.
Mas há mais, muito mais: "O Decálogo" e "Três Cores: Azul", por exemplo. Em todas as obras, mas sobretudo no "Azul", a banda sonora de Preisner é parte instrínseca da obra de Kieslowski, embala o espectador, ganha intemporalidade. Os sentimentos das personagens e a história acompanham toda a banda sonora; uns e outros são sempre muito intensos, quase em demasia, mas nunca se roça, sequer, o mau gosto ou a vulgaridade. Antes pelo contrário. Em Kieslowski isso é muito raro.
"Azul" é uma obra densa, de recolhimento, de vida, de morte, de pós-morte, da serenidade encarcerada no acto interior do perdão. É uma obra centrada nos momento cruciais da vida, (nascimento, morte...), no seu questionamento, na sua instantaneidade, prolongamento, banalidade até. E há ainda Juliette Binoche, talvez no melhor papel da sua vida.
Os últimos sete minutos do filme, onde se perpetuam e confundem as cores singulares de Binoche, Kieslowski e Preisner.
Bleu, 1993, de Krzysztof Kieslowski, com Juliette Binoche e Benoit Regent
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