15 de janeiro de 2009

Esta noite
partirei
quando a lua tocar o teu rosto
e alongar a tua sombra sobre o lençol
O mar chama-me
Os meus passos perdem-se na areia
e na opacidade do mar
do tempo
O meu tempo
Esgota-se
nas rugas que sinto como sangue a pulsar
Esta noite
partirei
e as pétalas do girassol de pé
dentro do solitário
cairão
maciamente sobre o contador
sem arranhar a superfície
despedindo-se lentamente
como palavras
adormecendo.

2 comentários:

CCF disse...

Soa a despedida doce e triste.
~CC~

E. disse...

Mas não é. Tenho o grave defeito de nunca ter aprendido a fazê-lo, o que só se tornou verdadeiramente pior quando aprendi que o mundo é redondo e a realidade circular. E nenhum dos dois forçosamente linear.