8 de julho de 2012

Parece que ficamos por aqui...

... e ainda ontem Florentino Ariza ia iniciar o seu vaivém rio acima e rio abaixo. E nenhum coração era demasiado frágil para sobreviver a cem anos de solidão ou a um amor em tempo de cólera. Ainda há pouco, sessenta anos à espera de um amor pareciam sensatos. Razoáveis até, graças a Gabriel Garcia Marquez. E desde então a literatura do realismo sul americano legou-nos a dimensão interminável do amor que algumas películas mexicanas retrataram. A utopia de mão dada com o realismo, do amor, da vida, da literatura. Ninguém viverá para "contarla",mas provavelmente não é preciso, pois não?

Um triste folhetim, este da suposta demência do Nobel. Que importa? Até Garcia Marquez é mortal e mesmo o vaivém da literatura, como o da vida tem um fim. Nesta fase da vida de Gabo, o seu Outono do Patriarca, mais do que discutir o estado do homem importa a obra no seu conjunto. Importa por isso que fiquemos por aqui no mais que extravase esse campo. Não é o fim, mas por agora e provavelmente para sempre, é tudo.

2 comentários:

Eu disse...

:-(

Anónimo disse...

I don’t ask you to love me always like this,
but I ask you to remember.
somewhere inside me there’ll always be the person
I am tonight.

F. Scott Fitzgerald