13 de novembro de 2018

O pós-pessimismo

A manhã nunca pede mais que uns versos
Depois da noite morrer longe
medindo o pulso à eternidade
na sombra da chama de uma vela

o dia é um pseudónimo
para o brilho do Sol que nos inebria
de luz para enganar as sombras
o rasto do escuro

Finjo crer, na madrugada,
que havemos de ir a Veneza
ou a Viena empolgados por projetos
que persistem perenes

Atiro a chave do pessimismo pela janela
Quem me dera um bulldozer
para arrasar esta visão
e asfixiar satisfatoriamente
o presente que não existe.

- Parvo!
[chama-me o teu sorriso que apaga todas as sombras]

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