ao vento
um coração ecoa
palavras sussurradas de um poema triste
ao vento
a lua brilha ao recolher de um dia
a lua brilha ao recolher de um dia
no silêncio da noite
giram sonhos
sorrisos refletidos nas estrelas
ao vento
embalam-se cumplicidades entre
embalam-se cumplicidades entre
o luar prateado e os sentidos
baloiçam em surdina
versos por acabar no firmamento
ao vento
mil palavras por dizer
instantes irrepetíveis.
ao vento
os dias sucedem-se
como as estações na cerejeira
ao vento
os dias sucedem-se
como as estações na cerejeira
ao vento
o silêncio
só um fim e nunca um começo
só um fim e nunca um começo
ao vento
como numa prece,
como numa prece,
despertamos com a percepção
que o sismo que para sempre
nos desmoronaria o coração
nos enche o peito de vida
em torrente de emoção
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