4 de dezembro de 2008

Eléctrico Azul ou também [anonymus]

O eléctrico percorre
com uma lentidão suave
e encantatória
a encosta da montanha
azul
enquanto o sol brilha nas vidraças
e me entorpece.
O calor momentâneo reconforta-me
e faz-me sentir uma imensa saudade de
...
Nas vidraças sucedem-se as
imagens
tremidas da tua
[digamos]
ausência
sentida como um fogo
ateado su
bi
tamente
que me consome
as entranhas e mais nada
Prendo-me no sussurro sossegado
do teu rumor
A minha alma inteiramente coincidente
com o declive acentuado do presente
na montanha azul
de rosto humano

Os meus dedos [com mil raios]
Sempre [eles] escorregam na face vidrada
da
janela
acariando o reflexo liso do reflexo do teu rosto
os teus cabelos
a tua pele

Podia por uma única vez
Chamar-te

[não me ouves e ainda assim:]
avisto-te
o teu corpo inteiro
o teu sorriso lindo
sober
bo
Apeio-me no cimo
chamo-me à Razão
e volto a embarcar com a passagem na mão
Com destino [in]certo.

3 comentários:

Anónimo disse...

Que inconstância!!!
Essa Razão...

Anónimo disse...

O nosso procedimento habitual é seguir as inclinações do nosso desejo, para a esquerda, para a direita, para cima e para baixo, para onde quer que nos empurrem os ventos das circunstâncias. Sempre mais a SUL.

E. disse...

O seu a seu dono, "nosso" será uma generalização a entender seguramente apenas na primeira pessoa.