27 de junho de 2018
24 de junho de 2018
Fácil
Patricia Barber, "Code Cool"
Nem sempre era fácil
nos idos de janeiro
em meados de abril
maio adentro
No solstício de junho
quando te saíam as lágrimas
os soluços
duvidavas
e partias
perdia-Te
perdiamo-nos
e morriamos aos poucos
Eramos jovens e por isso
a óbvia imortalidade do amor
Se tornou menos óbvia
Até que Um dia
Um dia em idos de janeiro
meados de abril
maio adentro
no solstício de junho
o amor
que era óbvio
ja não era Inquestionável
e assim perdia-Te
aos poucos um dia de cada vez
em idos de janeiro
meados de abril
maio adentro
no solstício de junho
quando deixei
de estender-te as mãos
à procura do óbvio
à espera do inquestionável
21 de junho de 2018
Haikais soltos
O gele derrete
arrefece a água
Eu ardo.
.
Despede-se Hoje
a primavera
olha pela janela
.
O vento sopra
retorce-se de saudade
vazio de ti
.
Amanhã renasço
para encarnar
em ti
16 de junho de 2018
O segredo
o segredo
[uma tempestade vista
pelos teus olhos]
encerra-se neste poema
escrito
à sombra dos jacarandás
em junho
a caminho do equinócio
Nós cegos
pela luminosidade das palavras
e a obscuridade dos poemas
batidos pelos último pingos de chuva
Procuramos
no aluvião das sílabas
no interior dos silêncios
[Instantes]
a que nos agarrarmos
fintando a sorte da memória
as mãos
pousadas em forma de líquen
sobre a pele.
O segredo
[as palavras que não te disse
nem escrevi]
são folhas riscadas
rasgadas
abandonadas debaixo do parapeito
Queria
pedir que as esquecesses
mesmo que as não tenhas lido
ou ouvido
para depressa as banirmos da memória
e fecharmos as pálpebras
O segredo
é que escrevo
a verdade
a mentir.
[uma tempestade vista
pelos teus olhos]
encerra-se neste poema
escrito
à sombra dos jacarandás
em junho
a caminho do equinócio
Nós cegos
pela luminosidade das palavras
e a obscuridade dos poemas
batidos pelos último pingos de chuva
Procuramos
no aluvião das sílabas
no interior dos silêncios
[Instantes]
a que nos agarrarmos
fintando a sorte da memória
as mãos
pousadas em forma de líquen
sobre a pele.
O segredo
[as palavras que não te disse
nem escrevi]
são folhas riscadas
rasgadas
abandonadas debaixo do parapeito
Queria
pedir que as esquecesses
mesmo que as não tenhas lido
ou ouvido
para depressa as banirmos da memória
e fecharmos as pálpebras
O segredo
é que escrevo
a verdade
a mentir.
15 de junho de 2018
Polly Jean, I love you. I love the texture of your skin, the taste of your saliva, the softness of your ears. I love every inch and every part of your entire body. From your toes and the beautifully curved arches of your feet, to the exceptional shade and warmth of your dark hair. I need you in my life, I hope you need me too.
5 de junho de 2018
Lucidez
Lábios
água
molhados
sémen
cabelos
suponho que muitas noites
deveriam terminar assim
varadas
pela luz
água
molhados
sémen
cabelos
suponho que muitas noites
deveriam terminar assim
varadas
pela luz
Noite
Somos
os novos mercadores
do amor
No silêncio
na bruma
coração extraviado
história desfiada
sentimentos incandescentes
esfumando-se
como pontas de cigarro
sem alicerces
amolecidos pelo tempo
gravados em calcário
medo
uma vida
apenas uma
nenhuma mais
à deriva
incorrigível realidade
lábios separados
palavras que nunca se dirão
noite
sem fim
tempo infinito
os novos mercadores
do amor
No silêncio
na bruma
coração extraviado
história desfiada
sentimentos incandescentes
esfumando-se
como pontas de cigarro
sem alicerces
amolecidos pelo tempo
gravados em calcário
medo
uma vida
apenas uma
nenhuma mais
à deriva
incorrigível realidade
lábios separados
palavras que nunca se dirão
noite
sem fim
tempo infinito
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