24 de janeiro de 2018

Ocasos da memória

Queimo o figado
Na escuridão
Poemas sem fim
Desfiados na solidão
Aberta na fresta
Da alma pela
Memória da caneta

Divido o destino
Entre a sorte
E o acaso da arte
Vazia
do espírito
Sendo fracos
Que nos sirva
A vida

De lição.


                                                                        [mas somente depois do tempo das amendoeiras em flor]

1 comentário:

Somniare disse...

Reconhecer a fraqueza que nos faz sofrer é sabedoria.
Fraco é quem se conforma. É uma vida sem rumo a embater na esperança.