Pela manhã
amar devagar,
alguém salgado
fechando os olhos
construindo em silêncio
um lugar recôndito de paixão.
Na penumbra o movimento
florescendo entre rimas, suor e fantasias
sem pontos cardeais
danos colaterais
ou outros sinais
que não sentimentos iguais.
Assim a centelha da criação
o êxtase da imagem
a deslizar pelo aparo da caneta
materializando em poema
a voz furiosa de um centauro
em furibunda melancolia:
não se diz nunca mais.
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