A chuva
Precipitando-se nos nosso ombros
Por entre os rasgos de dia
os ramos vergados das árvores
as nuvens fendidas
Pedaços de luz entornados
do rosto do Sol
Reflexos dourados antes da calma
Outra vez a chuva
A bater nas janelas
antes de se retirar
À chegada do estio
Ate ao amarelecer das folhas
do bosque e o alongar das sombras
Outra vez
ainda
o ruído do resfolegar das folhas agitadas pelo vento
a abafar
o murmurio do coração.
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