3 de março de 2025

Fajã Poente



Chão vivo
Sopro de vento
o Mar
vira-me o rosto

extensões sombrias de luz
vulcões desassombrados
Nietzsche vocifera 
retorno
                                                                         ativo
                   

16 de fevereiro de 2025

Silêncio

Todos os dias faço uma idade
não digo a ninguém
Não falo
aspiro o ar sibilante
de cristais de diamante

Noite fora, fria e nua
Levanta-se a lua
toco nas estrelas
desfio enredos planetários
grito ao vento da rua

Desperto
alguém que é alguém
dedos em laço
um organismo de sonho
estremeço. Floresço